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Aceite o convite das escadas. A consciência do lugar está do lado de lá. Dê o corpo ao manifesto desta memória concentrada nas paredes, nas pedras e nos azulejos do Mercado Municipal de Santa Maria da Feira. É parte fundamental da vivência do concelho, mas também há quem o considere um dos maiores símbolos da arquitetura nacional. Exemplo da arquitetura dos “anos dourados” da década de 1950, época de transição entre as grandes guerras da primeira metade do século e as revoluções comportamentais e tecnológicas da segunda metade, este projeto de Fernando Távora integrou elementos locais e tradicionais num traçado assumidamente moderno.
Inaugurado em 1959, o Mercado Municipal de Santa Maria da Feira corresponde a uma das primeiras obras do arquiteto Fernando Távora (vencedor do Prémio Pritzker) e continua, até hoje, a ser apresentado em aulas de arquitetura. Tem mosaicos de Gouvêa Portuense e Álvaro Sisa Vieira, alusivos aos produtos que aqui se vendem. As construções são moduladas em pequenos pavilhões, deixando um terraço fronteiro à rua e a composição de corpos, dispostos em torno de um pátio interior, completa a agregação do conjunto através de uma fonte, ao centro. As coberturas foram desenhadas como asas protetoras pairando sobre o terreno, em jeito de “cobertura de borboleta”. Tem betão armado (pilares e lajes de cobertura), granito (muros de suporte e paredes), azulejo de cor azul e branca (revestimentos) e betonilha com godo (no pavimento).
É um território de afetos. Daí existir, no Facebook, uma página que defende a Requalificação do Mercado Municipal de Santa Maria da Feira (http://www.facebook.com/remodelaromercado)
gab.turismo@cm-feira.pt • https://www.cm-feira.pt/portal/site/cm-feira • Ver arquivo DGPC
Gps 40.924506 , -8.543786
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