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É filigrana pura que sai do namoro entre os dedos. A arrancar tranças uns dos outros, eles são os protagonistas desta experiência. Obedecem às rendilheiras, detentoras da arte de bem dedilhar, e com que velocidade, os bilros. Estão sentadas num recanto benzido pela luz, deste solar urbano do século XVIII. Dos naperões que protegem as mesas até aos folhos que alinhavam as saias das meninas, passando pelos peitilhos dos vestidos das noivas… as aplicações não têm fim.
Instalado, em 1991, na Casa do Vinhal, onde se sedeou e funcionou pela primeira vez a Escola de Rendas de Bilros, este Museu veio renovar a dinâmica em torno da aprendizagem do ofício dos bilros e demonstrar a complexidade de execução de algumas rendas. É o caso de um frontal de altar, executado em fio de linho, desenhado por Rui Vaz e realizado, em 1944, pelas rendilheiras Maria José do Lúcio e Maria Quintela da Cruz. Para o produzir foram necessários 2400 bilros e dois anos de trabalho. Mas há muitos outros trabalhos antigos que demonstram a especificidade dos temas das rendas de Vila do Conde. É o caso de uma mantilha com motivos do mar, igualmente executada em fio de linho, produzida, em 1960, por Albina Silva Monteiro e na qual foram utilizados também cerca de 2000 bilros.
E como são as Rendas da “Moda”? Há que vir. E ver! Ficamos, ainda, a conhecer todo o tipo de instrumentos e materiais utilizados na produção das Rendas de Bilros, desenhos, piques, bilros, almofadas e documentos vários.
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Gps 41.352624 , -8.743682
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