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Aqui cozinharam. Dormiram. Namoraram. Tiveram filhos. Durante muitos séculos, este foi o local onde gerações de famílias viveram. É uma das maiores estações arqueológicas do noroeste peninsular e teve várias épocas de ocupação desde finais da Idade do Bronze à Idade Média, guardando vestígios materiais e arquitetónicos destes períodos. O povoado estendia-se desde o cabeço denominado “Monte Grande” pela encosta abaixo, na direção nordeste, ladeado por duas linhas de água, numa extensa área que coloca este Castro entre os maiores do noroeste peninsular. A sua localização é sugestiva do carácter agro-pastoril das comunidades que o habitaram ao longo dos tempos.
Há cerâmicas polidas, machados e lâminas em sílex que testemunham a ocupação durante a Idade do Bronze, mas a zona de visita mais expressiva corresponde a uma plataforma intermédia, onde se identificam, para além de estruturas circulares castrejas, diversos indícios arquitetónicos de romanização. Durante o período de ocupação romana o Castro adquiriu uma dimensão considerável, com traços urbanísticos bem definidos na estrutura dos espaços domésticos e dos espaços públicos. Estão identificadas casas de tipo domus, sobrepostas às construções da Idade do Ferro.
Do período da ocupação medieval são ainda visitáveis ruínas da segunda Igreja de Alvarelhos e respetivas sepulturas.
O Castro de Alvarelhos é Monumento Nacional desde junho de 1910 e goza de uma zona especial de proteção (ZEP) com cerca de 130 hectares que ultrapassa os limites do concelho da Trofa e se estende para a freguesia de Guilhabreu, em Vila do Conde, abrangendo ainda uma pequena parcela de S. Pedro de Avioso, na Maia.
patrimoniocultural@mun-trofa.pt • Ver arquivo DGPC
Gps 41.300914 , -8.618811
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