Foi aqui que o escritor viveu parte da sua vida, nomeadamente após a reforma do ensino. A casa respeita a disposição original, com as áreas funcionais e espaços mais intimistas, enquanto denuncia gostos pessoais e principais atividades. O único “espaço” criado após a sua morte, e obedecendo à vontade do poeta, foi a sala de pintura moderna, organizada pelo seu irmão Júlio. O escritor José Régio foi, ao longo da vida, um grande colecionador de obras de arte, basicamente de cariz popular. E elas aqui estão, juntamente com uma interessante coleção de ex-votos. A manutenção do traçado original do imóvel, assim como da distribuição de móveis e objetos fazem com que o espaço deixe transparecer a personalidade de Régio.
Depois da sua morte, nesta casa a 22 de dezembro de 1969, e após negociações com a família, a Câmara Municipal de Vila do Conde adquiriu a casa do poeta. Foi aberta ao público a 17 de Setembro de 1975. Paralelamente, em 2005, na casa de Benilde (atual Centro de Documentação José Régio) foi desenvolvida uma obra para a instalação do Centro de Estudos Regianos, para além de um conjunto de serviços de apoio à Casa de José Régio, tais como receção, loja, uma sala de exposições temporárias e um pequeno auditório, onde é projetado um diaporama sobre a vida e obra do escritor nascido, em Vila do Conde, a 17 de setembro de 1901.