Fica localizado num dos pontos mais elevados da Serra de Monte Córdova, a cerca de 7 Km a sudeste de Santo Tirso, e terá sido ocupado até à Idade Média. O seu topónimo ficou a dever-se ao achado fortuito de uma cruz, de dupla face, que constituiria o remate de um cruzeiro, e que deu origem à edificação da Capela do Nosso Senhor do Padrão, construída no sopé do castro, em 1738. O povoado apresenta uma plataforma superior com algumas edificações de planta predominantemente circular que atestam a sobreposição ocupacional ao longo dos séculos. Esta sucessão é confirmada pela presença de várias construções quadrangulares que se estruturam a partir do pátio central lajeado e se reportam ao período da presença romana. Das primitivas linhas de muralhas que defendiam o povoado, restam vestígios do troço poente. Durante as escavações arqueológicas encontraram-se objetos dos vários períodos de ocupação. Destaca-se um considerável número de elementos representativos do período da ocupação do Bronze Final, caso dos machados polidos, facas de sílex, raspadores, taças e vasos troncocónicos, entre outros. Da ocupação da Idade do Ferro e Romana há exemplares da denominada cerâmica comum como ânforas, vidros, elementos de adorno em bronze, artefactos em ferro, entre outros. Da Idade Média, podem observar-se peças metálicas, entre as quais uma placa esmaltada, moedas e fragmentos cerâmicos, alguns com decoração figurativa.