O grande destaque vai para a pintura mural, do século XV, que existe na parede que serve de fundo à capela-mor.
O exterior tem galilé quadrangular. Está assente em pilares de cantaria e duas colunas médias. O telhado é de três águas. Na zona superior da fachada, um óculo circular filtra a luz que ilumina o interior do templo. O portal principal culmina com uma cruz ao centro. Há uma pequena sineira de arco único sobre o cunhal direito, ao qual se pode aceder por um lanço de escadaria.
Antes de entrar, saiba que este templo foi muito modificado na época moderna. Do período românico, possivelmente do século XIII, conserva-se a cabeceira. Bem mais radicais foram as obras no corpo da Capela, integralmente refeito durante o século XVII. De nave única relativamente curta, o interior integra púlpito e coro-alto de madeira. À direita da porta principal encontra-se inserida na parede uma pia de água benta, de granito, à esquerda a pia batismal, em forma de cálice, tem uma inscrição com data de 1565.
Agora: a composição mural. É uma obra atribuível à segunda metade do século XV. Foi descoberta em 1955, durante um restauro, quando se desmontou o retábulo barroco de talha dourada que cobria a parede de fundo. Apesar do seu relativo mau estado de conservação, é ainda possível ter uma leitura global dos painéis que a compõem. Apesar de bastante mutilada, parece representar a Assunção de Nossa Senhora. Nos dois painéis remanescentes (outros poderiam ter existido, a revestir as paredes laterais...) representaram-se as figuras estáticas de São Pedro e de São Paulo (com os respetivos atributos, a chave e a espada) que, juntamente com três anjos, deveriam ladear uma terceira figura, central, e entretanto desaparecida, e que seria a Assunção da Virgem.