A alameda de tílias indica o caminho para algo que ultrapassa a sua beleza. A fachada não denuncia o interior deste templo. A sua construção tem origens nos século XVIII e, segundo a história, substituiu o original erguido pela ordem da Infanta D. Mafalda, filha de D. Sancho I. É o ex-líbris de Bitarães.
Se os azulejos que revestem o pano central tipicamente barroco, composto por um frontão em semi-círculo e um portal principal decorado com motivos curvilíneos e coroado por um pedestal circular com ornamentos florais que é o palco do santo padroeiro, não impressionar, então entre. Pare e observe a magnitude dos pormenores que compõem esta nave única com capela-mor retangular. No seu caminho até ao altar, olhe para cima e descubra o teto de madeira enxadrezado completamente preenchido por pinturas coloridas de cenas bíblicas, com imagens de apóstolos e santos. Mas, é para apreciar o impressionante trabalho de talha dourada do altar-mor que vai precisar de mais tempo. Este templo contém cinco altares de beleza ímpar. Nas paredes laterais vai encontrar telas de grande dimensão que representam a Boa Morte, o Purgatório, o Inferno e o Paraíso.
Na saída, volte a olhar para cima. O coro-alto situado por cima da entrada da igreja ainda conta com o seu grande órgão, outrora em funcionamento. No cimo do arco cruzeiro revela-se ainda um brasão antigo em pedra que terá sido descoberto no decorrer das obras de restauro do teto e que se pensa ter pertencido ao abade de Bitarães, parte da nobreza. Ao sair, em linha reta consegue observar o singelo cruzeiro de adro que complementa a larga alameda deste templo.