O silêncio manso da atmosfera contrasta com a agitação de outros tempos em que famílias operárias entravam, saiam e conviviam, diariamente, neste espaço, agora abandonado. Ainda assim, foi refinando alguns traços românticos, ao longo dos anos.
Durante um século, de 1887 a 1985, aqui se captou a água que abasteceu a invicta. População e indústria dependeram do bom funcionamento desta Central de Captação de Água. Com o decreto real que aprovou o contrato com a Compagnie Générale des Eaux pour l'Étranger para construção de obras de captação, elevação, transporte e distribuição de água ao domicílio, estava conferida, ao Porto, a exclusividade de utilização das águas dos Rios Sousa e Ferreira. Foi para este efeito que se ergueu, entre outras estruturas, a “Central-do-Sousa”. As suas fragilidades, em tempo de cheia, justificaram as obras de beneficiação, nos anos vinte do século XX, até que a edificação da “Central Elevatória de Lever”, em 1985, conduziu à sua desativação.
A Central fica na freguesia de Foz do Sousa que beneficia dos rios Ferreira e Sousa. Eles irrigam e fertilizam campos e permitem a existência de praias fluviais e da barragem de Crestuma-Lever. Foram, precisamente, os abundantes recursos hídricos que justificaram a criação da "Antiga Central de Captação de Água da Foz do Sousa".

O interior não é visitável.