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Há um jardim para ver. Um lago onde nascem nenúfares. E um banco para sentar. E absorver. Basta passar para o outro lado do muro. É o pulmão que alimenta o ambiente da burguesia portuense, de meados do século XX, que se estende pelos andares da Casa Museu Marta Ortigão Sampaio. À distância de um muro.
Marta Ortigão Sampaio e o marido, Armando Sequeira, encomendaram ao arquiteto José Carlos Loureiro, em 1954-1955, a construção deste edifício que, embora tenha sido projetado para ser habitação, já concebia a ideia de, futuramente, instalar um Museu das Artes Decorativas.
Com a morte da fundadora, a casa foi doada à Câmara Municipal do Porto, abrindo ao público em 1996. A vivência e o gosto de Marta Ortigão Sampaio e da sua família, no domínio das Artes e da Literatura, estão bem patentes, mas não só. Podem ver-se as coleções que herdou e reuniu ao longo do século XX. É o caso de trabalhos das pintoras Aurélia de Sousa e Sofia de Sousa, mas também da coleção de jóias com exemplares representativos da joalharia tradicional e erudita do século XVII ao século XX.
O edifício estabelece uma simbiose entre os materiais e conceitos da arquitetura moderna da época (anos 50) e o gosto mais conservador de quem encomendou a obra, mas, na verdade, nunca a habitou.
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Gps 41.159351 , -8.625534
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