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É dos últimos redutos do Romantismo, na cidade do Porto. Tem árvores centenárias e fragmentos de tempo sem idade, por baixo da copa dessas árvores. Tem espécies raras, para apreciadores de botânica, ou não. Para além, claro, de estar rodeado dos jardins do Palácio de Cristal e oferecer uma vista única sobre o rio Douro e o vale de Massarelos descrito, no início do século XIX pelo artista inglês Batty, como “um dos cenários mais agradáveis, e mais satisfatórios das cercanias do Porto”. As quintas e as casas de campo destas encostas eram arrendadas a ingleses, franceses, holandeses, alemães e outras famílias estrangeiras de comerciantes, embora os portugueses reservassem para seu uso as maiores.
Há quem chame Quinta do Sacramento, ou Quinta da Macieirinha a esta casa de campo de finais do século XVIII. Foi adquirida pela Câmara Municipal do Porto, em 1972, para aí ser criado o Museu Romântico. O espaço interior recria o ambiente familiar de uma casa abastada do século XIX, resgatando estéticas relacionadas com o Romantismo e o Porto oitocentista. Demonstra o ambiente vivido pela alta burguesia da época através do mobiliário, artes ornamentais e objetos do antigo proprietário. Durante este período a Quinta acolheu o exilado Rei da Sardenha e Príncipe do Piemonte, Carlos Alberto de Sabóia-Carignano, que morreu a 28 de Julho de 1849. Em plena época romântica, a figura de Carlos Alberto adquiriu uma aura singular e tornou-se, de certo modo, um símbolo para a cidade.
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Gps 41.147748 , -8.628305
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