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Há um pomar com laranjeiras e figueiras. De um lado. E barcos rabelos a passear no rio Douro. Do outro. Estamos próximos do tabuleiro superior da Ponte D. Luís. E a caminhar em direção a uma das mais abrangentes perspetivas sobre das cidades do Porto e Gaia. Até entrar na muralha há um Largo para atravessar, o 1º de Dezembro. Se a visita acontecer entre os meses de janeiro e fevereiro, é bem provável que tenha de o atravessar repleto de magnólias em flor.
Antes de D. Afonso IV ter ordenado a construção de uma nova muralha que refletisse o grande desenvolvimento do burgo, em 1336, existiu uma primitiva cerca, de menores dimensões e rodeando uma área consideravelmente inferior. A diferença de extensão entre essa cerca românica e a que foi construída no século XIV é reveladora do desenvolvimento do Porto, em duzentos anos. A cidade tinha-se estendido, particularmente para ocidente e para norte, ligando os pontos elevados da Vitória e da Batalha. Nos séculos seguintes, foram muitas as alterações efetuadas nas muralhas medievais do Porto, a maioria afetou as portas e as vias de comunicação com o exterior, mas o seu traçado é ainda facilmente reconhecível na malha urbana citadina. No século XX, as muralhas foram objeto de uma grande campanha de restauro, ao sabor do revivalismo que caracterizou a política do Estado Novo. Os trabalhos principais decorreram entre 1959 e 1962, atuando prioritariamente sobre a escarpa dos Guindais.
Nos dias de hoje, restam partes consideráveis da muralha, mas o troço melhor conservado está na zona nascente, visível do tabuleiro superior da Ponte D. Luís. Tem uma secção de muralha ameada, com caminho de ronda, protegida por duas torres quadrangulares.
As muralhas fernandinas percorrem as freguesias da Sé, São Nicolau e Miragaia, e estão inseridas no Centro Histórico do Porto, na área classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 1996.
geral@cm-porto.pt • http://www.portoturismo.pt; • Ver arquivo DGPC
Gps 41.14174005 , -8.60929012
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