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É provável que saia desta experiência com duas memórias primordiais: ouro e magnólias. Vamos por partes: o Largo 1º de Dezembro. Se a visita ocorrer durante os meses de janeiro e fevereiro irá atravessar um largo repleto de magnólias em flor. Quando baixar o olhar a Igreja de Santa Clara fica em frente. Lado esquerdo. É lá que encontrará um dos melhores exemplares das denominadas igrejas forradas a ouro do barroco joanino. Para lá da porta está aquele que é considerado um dos melhores trabalhos dos entalhadores da escola portuense.
A construção da Igreja de Santa Clara data da primeira metade do século XV e conserva a sua estrutura arquitetónica gótica. Na época moderna sofreu alterações, sendo construído o portal renascentista. Já no século XVIII a fachada foi novamente alterada. O seu interior foi revestido a talha dourada na mesma época. A talha dourada "invadiu" a igreja salientando as estruturas arquitetónicas. A capela-mor foi executada, por volta de 1730, pelo entalhador lisboeta Miguel Francisco da Silva, e dourada, em 1744, por Pedro da Silva Lisboa e António José Pereira. Embora surja associada à igreja de São Francisco, como dois dos melhores exemplos de igrejas forradas a ouro, a talha de Santa Clara possui uma unidade formal que a de São Francisco está longe de apresentar.
A entrada da portaria é barroca. Tem duas colunas salomónicas e um nicho com a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Falta chamar a atenção para os azulejos dos coros, de padrão polícromo no coro baixo, e de tapete no coro alto. Ainda é visível a data: 1680.
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Gps 41.14258438 , -8.60917478
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