A arcada da frontaria, desenhada em 1790-91 pelo engenheiro francês Reinaldo Oudinot, sugere a estrutura arquitetónica e decorativa da Feitoria Inglesa do Porto. Inaugurada em 28 de Dezembro de 1807, sofreu, entre 1908-10, profundas obras de ampliação e decoração orientadas pelo etnólogo Rocha Peixoto e pelo pintor belga Joseph Bialman (autor da azulejaria).
É um edifício de grande sobriedade e simetria arquitetónica, bem ao gosto neoclássico. Tem planta retangular e amplas arcadas no piso térreo. A fachada, voltada para a espaçosa Praça do Almada, é marcada pela existência dos dois pisos, separados por um friso de granito. Por cima do eixo dos arcos rasgam-se janelas retangulares, numa parede frontal revestida por azulejos azuis e brancos e coroada, ao centro, por um imponente brasão com as armas reais. Sob a pedra de armas, a placa anuncia: DOMUS MUNICIPALIS.
Basta atravessar o átrio, com pavimento em ladrilho cerâmico, para ficar sobre uma cobertura em caixotões e ter acesso às salas do piso térreo e à escadaria que dá acesso ao andar nobre. Na parede, o painel de azulejos informa que: ESTES AZULEJOS FORAM OFERECIDOS À CÂMARA DA POVOA DE VARZIM, PELO EXMO SNR. ANTÓNIO JOÃO GOMES D'AMORIM DA FAMILIA DOS BONITOS, D'AMORIM e C.MARTINS. LISBOA. 1910.
A torre do relógio, de planta quadrangular, ergue-se a meio deste edifício, classificado desde 1974 como Imóvel de Interesse Público.